sábado, 8 de setembro de 2012

O (re) NASCIMENTO DO BRASIL

Hoje, dia 7 de setembro de 2012


Feriadão. Me entreguei à uma gripezinha gostosa. Deixei minhas micropartículas se manifestarem livremente dentro do meu corpo.
O corpo é uma maravilhosa invenção divina. Quantos eventos não foram necessários desde a explosão cósmica original para que este corpo pudesse tomar esta forma, desenvolver este metabolismo e sugerir tudo o que sugere na minha vida?
O corpo fala conosco, como se fosse um médico caseiro:

"É velho Gui, desta vez não deu pra liberar. Você vai ter que encarar essa temporária queda energética, necessária pra gente poder bater mais uma vez (como sempre) a turminha da pesada, ou do pesadelo. A turminha é persistente, como as hienas na caça. Sabemos que um dia eles irão vencer-nos. Mas este dia ainda não chegou, eu posso te garantir. Portanto, relaxe! Leia um livro. Dedique-se a alguma atividade leve, tipo escrever no teu blog. Ou quem sabe, aproveitar a ocasião, e fazer um arranjo do HINO NACIONAL para violão solo, coisas desse tipo".

Sim, boa metáfora: a morte como um grupo de hienas que nos caçam persistentemente. Não há mamífero mais obcecado do que a hiena. Mas, como todos os predadores, a hiena tem uma função sagrada em Gaia, nosso ecosistema global, que é limpar os resíduos. A morte é como uma poda. Ou uma purificação; fortalecimento da vida dos que sobrevivem.

E refletindo sobre estas coisas no Dia da Pátria, sobre tudo que vivi quando aqui estive nestes últimos 4 anos, cheguei a metáfora que definiu, dentro de mim, o atual momento brasileiro:

O Brasil é uma borboleta, prestes a nascer,
cercada pelo próprio casulo morto, apodrecido.