Mais um dia 8 de março, mais um Dia da Mulher.
Desculpem-me as mulheres pela minha impertinência, mas escrevo minha homenagem com antecedência de dois dias (6 de março). Simplesmente não consegui esperar. Ando meio às turras com o relógio. Estamos passando tempos tão loucos que talvez esta não seja uma atitude tão absurda assim, ainda considerando que estamos vivendo o ápice do binômio americano: Time = Money. Mas o que desencadeou este meu autismo temporal temporário, que me leva a celebrar o Dia das Mulheres no dia 6 de março? O redescobrimento, justamente hoje, de um momento mágico de uma das parcerias mais felizes da história do jazz e do blues: Wilson Simonal e Sarah Voughan (vejam o video aqui).
Desculpem-me agora, também, as nossas justamente homenageadas mulheres homossexuais, quando uso o exemplo da feliz colaboração entre um homem e uma mulher para escrever meu tributo ao vosso dia. Mas chega de desculpas por hoje.
Wilson foi o nosso Rei do Swing. Pai precursor do Pop (brasileiro); uma espécie de rei da voz. Sua voz era a representação mais perfeita da pilantragem dos anos 60. Sarah Vaughan ... ah, Sarah, Sarita. Era a Miles Davis da voz, gogó-violino, rainha do jazz blues. Quando estes dois se encontram, naquele clima descontraído-bêbado-sem-medo-de-ser-feliz, típico da estética whisky a go-go daqueles tempos, me dá ganas de declarar:
É simplesmente imbatível o que um homem e uma mulher podem alcançar juntos.
E para finalizar este meu texto nonsense, voltando ao Wilson, considerando que a história dos direitos civis aproxima as lutas dos afrodescendentes e das mulheres, deixo aqui mais um vídeo. Lembrem-se da música, mulheres. Lembrem-se, mulheres, de nós, homens discriminados por qualquer razão, vossos parceiros e irmãos de lutas.
bjs e VIVAVIDA!