quinta-feira, 18 de junho de 2015

THE CHEVRON CUP IN BRAZIL / O GOLPE DA CHEVRON NO BRASIL

POR QUE AÉCIO NEVES FOI À VENEZUELA e EDUARDO CUNHA À ISRAEL?


Uma coisa que me intrigava é como o Aécio Neves, o candidato-playboy derrotado nas eleições presidenciais brasileiras, conseguia articular o movimento golpista e ter tantas instituições trabalhando a seu favor no seu intento de derrubar a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff​. Sabemos que Aécio neves ou o PSDB, sozinhos, não tem essa capacidade de articulação. Essa articulação institucional entre CÂMARA (Eduardo Cunha) + SENADO (Renan Calheiros, que surpreendentemente mudou de lado após as eleições) + 70% do PMDB + setores importantes do STF,  do Ministério Público (enfim, do JURÍDICO), e agora o TCU-Tribunal de Contas de União; sem mencionar, é claro, a mídia monopolizada, é obviamente uma frente grande demais para ser articulada por qualquer partido ou pessoa. De onde vem esse poder de articulação surpreendente?

A atual viagem de Aécio Neves à Venezuela + a viagem de toda a cúpula do PSDB à Nova York em maio (na ocasião do prêmio de "Homem do Ano" à FHC pela comunidade brasileira vip de Nova York) + a viagem de Eduardo Cunha à Israel + a PLS 131/15 proposta por José Serra (que teve suas ligações com a Chevron expostas pelo Wikileaks), são indícios poderosos da interferência norte-americana no processo político brasileiro. O pragmatismo e a agressividade parlamentar de Eduardo Cunha, principalmente na reversão da votação da Câmara na questão do Financiamento Empresarial de Campanhas Eleitorais, enfim, todos estes fatores juntos, só podem ser explicados se entendermos que estas ações estão sendo feitas por uma central de coordenação de alto nível. E, se estas ações se coadunam maravilhosamente com os interesses da política imperialista americana, não fica difícil entender que esta "central" não está localizada em território brasileiro.

Mas eles não querem apenas o Brasil. Não farão como no passado, em que George Bush (o pai) interrompeu a invasão ao Iraque às postas de Bagdá. Aqueles eram outros tempos, em que ainda existia a necessidade do uso do jogo diplomático. Hoje, após 11 de setembro 2001, vivemos um tempo de pragmatismo cruel no mundo (que Eduardo Cunha encarna com todas as letras no Brasil). Assim, eles querem também a Venezuela, além do pré-sal. Querem o governo brasileiro (mas não o darão a Aécio Neves ou ao PSDB, como eles acreditam). Querem a América do Sul tão subjugada quanto o México, se possível.

Aécio Neves foi mandado à Venezuela para defender os interesses da política petrolífera norte-americana. Quem duvida disso? Assim como José Serra, com sua PLS 131/15 atacando o pré-sal. Mas o mais importante, que ninguém enxergou ainda: a viagem de Eduardo Cunha à Israel, foi planejada pela "central" para ir aumentando a estatura internacional do homúnculo brasileiro - o homem que, na verdade, está sendo preparado para ser presidente do Brasil pela "central". Quem mais do que ele pode ser tão completamente marionetado pelo poder econômico?